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Conflitos com clientes


Toda relação duradoura é marcada por alguns conflitos que nos fazem crescer e que geralmente têm alguma falha de comunicação como causa. Com os clientes acontece da mesma forma, os conflitos vão acontecer e nem sempre teremos todas as informações necessárias para resolver. Essa semana vivi uma situação delicada que vale a pena compartilhar.

Atuo com algumas agências de comunicação na aplicação dos projetos dos clientes da empresa em que trabalho e na manhã de terça recebi a seguinte solicitação: "por favor, encaminhe a arte do folder "aberta" para que possamos fazer um banner por aqui".


Hum... no mínimo tenso! Digo não para o cliente e arrisco essa relação ou passo a vergonha de solicitar isso para a agência? Decidi me informar melhor. Conversei com vários profissionais, li a Lei de Direitos Autorais, pedi socorro para a APP e percebi que muitos dos meus colegas compartilhavam da mesma dúvida que eu. 


Depois da pesquisa toda e com as orientações que recebi, o fato é que o cliente não tem direito ao material editável, afinal, ele paga pelo material finalizado. Quem quiser mais detalhes sobre o tema clique aqui.


A grande questão é o tal do conflito com o cliente. Na área da publicidade um "não", mesmo respaldado pela lei, pode significar o comprometimento completo dessa relação, ou seja, fim de papo na certa!


E foi exatamente isso que aconteceu, orientei o cliente e expliquei a impossibilidade de atendê-lo e não teve conversa. Por cordialidade a agência responsável pelo trabalho disponibilizou a arte aberta e enviei a contragosto, ainda assim, a relação com esse cliente provavelmente já está perdida pelo "não" anterior ao atendimento. E pasmem, não estávamos lidando com um cliente de pequeno porte ou inexperiente.


Fora o constrangimento de pedir esse favor a uma agência fica o questionamento sobre essa postura. As vezes um não bem empregado pode me fazer perder um cliente, mas será que essa fosse uma postura mais comum não teríamos clientes mais "educados"? E se as nossas orientações fossem de fato seguidas não teríamos também melhores resultados? 


Enfim, nem todas as relações devem ser mantidas, mas o que fazemos enquanto elas existem faz toda a diferença, pois, respeito, confiança e verdade já eram importantes mesmo antes que o termo publicidade fosse inventado.


Um agradecimento especial ao meu amigo Rafael (vulgo Bambu) que gentilmente me enviou um verdadeiro dossiê sobre o tema.

A Independência

Essa semana estou em São Paulo para visitar minha irmã e descansar um pouco. Ela se mudou há um ano e meio para estudar e como todo mundo, passou pelas dificuldades de se tornar adulta. Lavar roupa, limpar a casa, aprender a se relacionar com novas pessoas, se adaptar a lugares estranhos, administrar o próprio dinheiro e por aí vai, uma infinidade de novas decisões para serem tomadas.

Tati e Carol

Ser independente é algo com que sonhamos muito, especialmente na adolescência. Eu achava que com 18 anos já poderia fazer tudo o que quisesse... rsrs. O tempo passa e descobrimos que é na verdade um processo, uma construção. A parte mais engraçada da história é que a gente começa a se divertir com coisas que antes eram impossíveis. Sabe aqueles pedidos de mãe? "Lava a louça? Arruma o armário? Vá ao supermercado para a mamãe?" Tudo isso é muito chato até que você vira a dona da casa e começa a achar uma beleza fazer faxina com o som alto.

É minha gente, nunca imaginei que iria tomar café com minha mãe e irmã e o assunto principal seria como organizar a geladeira. E viver essa experiência me fez perceber que na profissão é a mesma coisa. Leva tempo para ser independente, e nem sempre vamos fazer só o que gostamos.

Crescer é uma questão de escolha. Sempre escuto profissionais reclamando da falta de oportunidade, mas creio que para quem tem vontade de amadurecer a vida sempre ajuda. Minha irmã quis tanto ser naturóloga que em pouco mais de um mês mudou toda sua vida por isso. Não foi simples, deu muito trabalho, mas a escolha dela fez a diferença e mesmo com todos os obstáculos ela está realizando seu sonho.

Então, para quem está louco por uma oportunidade de crescer na vida vão aí algumas dicas:

Escolha. Coragem! Decida crescer e assuma a responsabilidade por suas escolhas.
Trabalhe. Cuide melhor das suas atividades, faça seu trabalho com qualidade, independente da posição em que se encontra na empresa hoje.
Observe. Quem são as pessoas com as quais você convive profissionalmente? Essas pessoas estão crescendo? São positivas, dispostas, responsáveis? Fique sempre próximo de bons exemplos e de pessoas que realizam seus sonhos e tome cuidado com quem reclama demais.
Seja humilde. Vão aparecer tarefas chatas, que não fazem parte da sua função e de última hora. Faz parte, aceite, mesmo com raiva do seu chefe, muitas dessas tarefas são ótimas oportunidades de aprender alguma coisa nova ou de se tornar um ser humano mais humilde.
Respire. É importante.

Enfim, somos nós que convivemos com as nossas escolhas, então é bom que elas nos façam crescer.

Querida, estou orgulhosa de você. Parabéns pela coragem de escolher ser quem você quer ser.

Espiritualidade e Trabalho?

Não não, nada de mandinga, receita de simpatia pra atrair clientes ou apelo religioso. Nessa série eu e meu grande amigo, o psicólogo Alisson Machado Borges, vamos falar sobre os efeitos positivos que uma vida espiritual saudável pode trazer para o seu dia a dia de trabalho. Preparados? Então vamos lá!

Nestes tempos de "correria" e tumulto em que muitos ficam no piloto automático, ou com o sentimento de atropelar/ser atropelado pelas circunstâncias, viver com consciência faz a grande diferença para a qualidade de vida e das relações de trabalho.

Tudo bem, mas como é isso?

Estar consciente é estar presente em cada momento, vivendo o agora com consciência de si mesmo, das atitudes e da forma como conduz a sua vida. É importante refletir sobre o que tem maior importância: a quantidade de tarefas que executei, reuniões que compareci, clientes que atendi no dia, ou a qualidade com a qual me dediquei a tudo isso?

A espiritualidade no cotidiano do trabalho tem tudo a ver com essa qualidade de consciência que é a busca por estar presente nos pequenos detalhes, gestos, palavras, jeito de se dirigir a si mesmo e ao outro. Quem está consciente do momento presente percebe possibilidades de ação variadas e opções múltiplas para responder a uma determinada situação.

Em seu livro O Poder do Agora, Eckhart Tolle aborda a importância de viver o presente como forma de alcançar a realização. Segundo o autor, temos vários modos de escapar da realidade e assim, causamos dificuldades e consequentemente, sofrimento. O livro possui uma linguagem tranquila e é uma ótima dica de leitura.


Espiritualidade e Trabalho

Aqui vão algumas sugestões práticas para exercitar essa consciência:

Durante sua rotina de trabalho faça pausas breves, tome consciência da sua respiração, perceba as sensações no seu corpo, como está se sentindo. Respire profundamente e se for possível feche os olhos por um instante. Pode ser na hora do cafezinho, enquanto vai ao banheiro, ou entre um e-mail e outro.

Seja testemunha de você mesmo nas atividades diárias, por exemplo, pratique a atitude de observar-se durante uma conversa ou na execução de uma tarefa. É como se você se olhasse com certo distanciamento observando como você age. Tome consciência e esteja presente.

Eu segui essa dica, e descobri que as vezes paro de respirar por alguns segundos quando estou concentrada escrevendo e-mails, ou lendo algum texto. Que horror!

Exercite sua atenção conectando-se a você, criando uma aliança com as suas melhores qualidades e com a "voz do coração", percebendo intuições e inspirações que certamente ocorrem várias vezes ao dia, mas que nem sempre prestamos atenção.

Lembrem-se, quem tem consciência tem opções.
Vale a pena experimentar!

Como andam seus relacionamentos?

Uma boa maneira de saber se temos qualidade de vida é observar nossos relacionamentos. Você é uma pessoa querida? É respeitada? Admirada? Temida? Consegue compartilhar?

Semana passada vivi uma situação que me fez pensar sobre esse assunto. Um grupo de alunos me pediu ajuda para lidar com as constantes discussões entre eles em função dos trabalhos na faculdade, o da minha disciplina inclusive. Dois dos integrantes têm muitas dificuldades para conviver com o grupo. Um deles é extremamente agressivo e o outro pouco envolvido.

O que mais me chamou a atenção nessa história foi o fato de todos os componentes serem bons na aplicação do conteúdo, ou seja, não tinham dificuldades reais para fazer os trabalhos, mas todos eles estavam sofrendo com o relacionamento estabelecido no grupo. Outros pontos interessantes: por que esse grupo atraiu dois integrantes com grandes dificuldades de se relacionar? E será que apenas os dois eram difíceis?

Fiquei pensando sobre o assunto e percebi que nas empresas o mesmo acontece. Muitas das atividades que não são entregues ou projetos que ficam na gaveta possuem algum ingrediente de relacionamento mal resolvido na equipe. Na vida pessoal a gente lava a roupa suja, demonstra, presta atenção. Mas no trabalho, as vezes a gente disfarça, finge que nada aconteceu em nome do "profissionalismo".

Já ouvi diversas vezes "seja profissional, seus problemas não devem interferir no trabalho". Ok, mas como? Alguém já explicou como fazer isso na prática? "Respire três vezes e deixe de sentir o que está sentindo, pois, você é um profissional". Não faz sentido, o coração e os hormônios não são itens que podem ser desativados momentaneamente. E olha que eu já tentei, mas não funcionou ainda.

Para mim, o único jeito é resolver mesmo. Encarar o problema e findá-lo. E se não for possível resolver rapidamente, aprender a lidar com o sentimento, e não negar que ele exista.

O que meus alunos precisavam era de alguém que os ensinasse a resolver os problemas afetivos nas relações de trabalho, ou que pelo menos apontasse um caminho. Ui!

Bem, o que fiz foi conversar com eles sobre a questão. Na verdade não importa quem errou mais ou menos e sim como estabeleceram o relacionamento. O que não foi dito? O que foi dito em excesso? Quem ouviu mais do que devia, por que permitiu? Por que essas pessoas escolheram estar juntas nesse trabalho?

As primeiras respostas foram: "Uai (mineiros né?) Professora, a gente não escolheu, tínhamos que montar o grupo de qualquer jeito". "Fulano é chato". E por aí vai. Eu perguntei: Já repararam que sempre o responsável é outra pessoa? A (querida) professora, o colega... E vocês? Qual parte de responsabilidade têm nisso?

Esse papo durou quase uma hora e juntos chegamos à seguinte conclusão: sim, existem questões sobre as quais não temos controle e precisaremos nos adaptar, por exemplo, os colegas de trabalho não terão a mesma educação que você. Mas boa parte do que nos cerca é resultado de nossas escolhas, inclusive como reagimos ao que não podemos controlar.

Então é isso, uma das formas de melhorar nossas relações no trabalho (e na vida) é assumir a responsabilidade que nos cabe por estar nelas e por fazer delas o que são, afinal, a qualidade dos nossos relacionamentos, diz muito sobre a qualidade da vida que escolhemos ter.

A agenda

Criar o hábito de usar uma agenda é um processo complexo para muitas pessoas. Quando comecei pensava que o tempo gasto para anotar na agenda seria melhor usado fazendo qualquer outra coisa. Ledo engano.

A agenda é uma das melhores amigas de uma (um) jovem executiva (o). Pode ser difícil fortalecer a amizade a princípio, mas vale à pena!

Vida de Executiva


Vão aí algumas dicas de como utilizar bem sua agenda:

Compre uma agenda. Sim, para quem nunca usou, aproveitar uma agenda velha ou qualquer coisa parecida é desestimulante. Uma agenda novinha é um estimulo a mais. Se você não puder comprar, use um caderno, mas seja disciplinada (o) para sempre colocar a data certa em cada folha. Agendas online também servem, mas também exigem disciplina.

Anote seus compromissos fixos, como aulas por exemplo. Mesmo que você saiba de cor essas atividades, é importante que visualize o espaço disponível na agenda.

Aprenda o seu tempo. Cada pessoa tem um tempo único. O que eu gasto dez minutos para realizar, outra pessoa pode fazer em três. É importante aprender quanto tempo levamos para realizar cada coisa, pois, muitos de nós marcamos mais atividades num dia do realmente conseguimos entregar. Fazer isso gera mais pressão , mais estresse, mais frustração e menor eficiência. Então, aprenda como você funciona e use seu tempo a seu favor.

Use vistos. A cada compromisso ou atividade cumprida, dê um vistinho na agenda. Por menor que seja, cada conquista deve ser comemorada, sinta o prazer de cumprir aquilo que programou. :)

Se você trabalha como gestor ou tem muitos compromissos pode usar um cad
erno de apoio para a agenda. Comigo tem funcionado bem. Utilizo a agenda para marcar reuniões, aulas e demais compromissos. O caderno uso para listar as atividades do dia a dia como redigir um relatório, enviar um e-mail importante, anotar informações durante as reuniões, etc. Uso também marcadores de páginas que me ajudam a priorizar cada passo.

É isso aí, vivemos num mundo imediatista e que ainda nos exige cada vez mais eficiência, então, vamos nos organizar para trabalhar com mais alegria e realização. Desejo que você e sua agenda, sejam grandes amigas (os)!

Executiva & Professora

Vida de Executiva

É comum que executivos sejam também professores universitários, ministrando disciplinas que tenham ligação com sua carreira mercadológica. Esse também é meu caso, comecei cedo e me apaixonei rápido pela docência, mas sempre senti falta de uma formação específica para atuar como tal e há algum tempo resolvi buscar mais conhecimento; aprender a ser professora.

Essa semana participei do Seminário Uno e Diverso (UFU) que abriu espaço para a discussão e apresentação de trabalhos na área da educação, em especial sobre a formação de professores.

É perceptível que na área de negócios, grande parte dos professores entra em sala de aula com o foco voltado para o ensino, ou seja, para transmitir aos alunos informações e experiências consolidadas para eles, por meio de seus estudos e, principalmente, suas atividades profissionais, esperando que os alunos as retenham.

E como resultado, temos alunos entendendo que devem ser como seus professores e assim, assumindo uma postura passiva diante de sua própria educação. Se tornam repetidores que só reagem diante de uma ordem ou pergunta do professor.

O novo paradigma que vários estudiosos da educação, como Masetto, propõem é o de substituir a ênfase no ensino pela ênfase na aprendizagem. Nesse contexto, ao aluno cabe o papel de sujeito central que exerce as ações necessárias para que aconteça sua aprendizagem: buscar informações, produzir um conhecimento, adquirir habilidades, mudar atitudes e adquirir valores.

“... a sala de aula é espaço e tempo durante o qual os sujeitos de um processo de aprendizagem – professor e alunos se encontram para, juntos, realizarem uma série de interações como estudar, ler, discutir e debater, ouvir o professor, consultar e trabalhar na biblioteca, redigir trabalhos, participar de conferências de especialistas, entrevistá-los, fazer perguntas, solucionar dúvidas, orientar trabalhos de investigação e pesquisa, desenvolver diferentes formas de expressão e comunicação, realizar oficinas e trabalho de campo”. Masetto (2003).

Quis compartilhar essas reflexões aqui no blog, pois, no dia a dia percebo como a atividade docente é um desafio e que, em diversos momentos, precisamos oferecer mais do que temos. Ainda há um distanciamento entre teoria e prática, entre alunos e professores, entre professores e professores. Distância que, acredito, pode ser diminuída com mais diálogo e disposição para compreender a relação existente entre ser executivo 
e ser professor. Ganhamos nós, ganham os alunos, ganha a sociedade. Fica o convite.

Perda de controle


Tenho notado o esforço que os gestores fazem para manter um negócio sob controle. Planilhas, fluxogramas, BSC, novas estratégias e por aí vai. Tudo bem, essa é a função de um gestor, mas em alguns casos, beira a obsessão.

Já cansei de ouvir "queremos funcionar como um relógio suíço". Ótimo, mas relógios não tem pessoas dentro dele garantindo o funcionamento. E pessoas não podem ser controladas 100% do tempo. Por mais profissionais que sejamos, temos dias ruins, dor de barriga, coração partido...

Nos últimos semestres percebo que alunos que mal entraram na faculdade já são controladores, focados na perfeição, ávidos por acertar sempre. Já vi alunos chorarem muito por errar uma questão em avaliações. O objetivo deixou de ser a realização para ser o acerto.

Ok, organização e controle são importantes, mas qual é o limite? Onde está a possibilidade do erro? Onde foi parar a liberdade de aprender com calma? As vezes tenho a sensação de que estamos o tempo todo atrasados, lutando diariamente para ter tudo sob controle. E o pior, se não podemos errar, significa que quando alguma coisa dá errado a culpa é de outra pessoa.

Resultado: Estamos nos tornando pessoas obcecadas pela perfeição e especialistas em encontrar culpados pelos erros que não conseguimos aceitar em nós.

Nos esquecemos do mais importante: a vida não tem controle! Nem manual de uso. As coisas mudam, evoluem, acabam e nem sempre poderemos lidar com tudo perfeitamente. Nós vamos errar.

Respirar e começar de novo faz parte e precisamos cada vez mais dessa permissão. Então lá vai:

Você pode errar;
Você pode sentir raiva;
Você pode aprender com seus erros (e rir deles de vez em quando);
Você pode relaxar e ser que você é!

Nada na vida é melhor que se conhecer e saber que tudo em você é perfeito, porque não é acabado e sim uma constante oportunidade de descoberta.

Hein?! Você ouve bem?

Ouvir é umas das atividades mais difíceis que temos atualmente. Somos treinados para falar. Nossa educação fortalece o imediatismo e quem tem muitas respostas é visto como o melhor. Então a gente sai por aí buscando todas as informações possíveis na vida para que possamos falar e falar sobre o que sabemos. Ou pensamos saber.

E como na vida, muitos dos problemas nas empresas são causados pela imensa dificuldade que temos para nos comunicar. E daí surge mais "retrabalho", estresse e confusão.

Na última sexta-feira, fui a cidade de Campina Verde para realizar uma palestra sobre o assunto com o psicólogo e amigo Leonardo Nogueira. Vão aí algumas dicas para quem quer ouvir melhor:

  • Coloque-se em frente ao interlocutor e olhe para ele quando você o ouve. Pare de digitar, ver TV ou qualquer outra coisa.
  • Ouça sem interromper, mesmo quando esteja em desacordo. Dê ao outro a oportunidade de se expressar até o fim.
  • Não prepare a resposta enquanto o outro fala. Daí surgem os desentendimentos, discussões inúteis, os diálogos de surdos.
  • Não antecipe o que o outro vai dizer, mesmo que tenha certeza do fim. A pessoa sente-se desrespeitada, desvalorizada, pode agredir e adeus comunicação eficiente. Um pouco de paciência nunca é demais.
  • Tome cuidado para que suas preocupações e preconceitos não se integrem na mensagem e criem em você o hábito da distorção.
  • Procure não se deixar levar pelas emoções, selecionando, isto é, ouvindo só o que lhe convém ou adaptando o que ouve as suas próprias conveniências.
  • Muitas vezes a aparência engana. Não julgue pelo modo de se vestir, de falar, pelas expressões, pelo “jeitão” do outro, se o que a pessoa tem a falar vale ou não ser ouvido. O que uma pessoa fala é importante para ela. Ultrapasse a casca.
É mais difícil do que parece né? Mas a gente consegue! O mais importante é ouvir com um propósito: o de compreender o outro.

* Agradecimento especial para a Prefeitura de Campina Verde e a AMVAP que organizaram o evento.

Como as empresas compram?

Nunca fui uma torcedora de futebol muito empolgada, salvo em época de copa do mundo. Mas acho o máximo o modo como as pessoas se envolvem com um time e são simplesmente apaixonadas por essas marcas, aliás, times de futebol são excelentes gestores de marcas, conseguem um nível de fidelidade e devoção dificilmente alcançados em outros setores.

Quero me ater nesse post à sensação do gol. Gente, é lindo ver a alegria do jogador (e dos torcedores também né?). Olhos brilhantes, coração disparado, sorrisão no rosto e aquela sensação de que a vida é boa demais! E o mais engraçado é que quanto mais gols são feitos, mais se quer fazer gol. Para mim, essa é a sensação de um novo contrato assinado... rs.

É bom demais conquistar um cliente novo, ainda mais quando se trata de um projeto longo e que só de negociação foram quase seis meses. Sim, seis meses. O perfil de compra organizacional é bem diferente da compra do consumidor final.

Há uma série de influências, que são bem conhecidas para quem é do meio, mas existe um enorme grupo de profissionais que atendem as empresas e que nem sempre conhecem essas dinâmicas. São excelentes profissionais, mas sofrem quando chega a hora de vender. Já atendi alguns clientes com esse perfil. Psicólogos, artistas, profissionais da saúde e muitos outros profissionais liberais. Esse post é especialmente para vocês.


As empresas compram de maneira racional. Por isso, é importante que o processo tenha começo, meio e fim. Vamos um a um.

Tom Harald Hagen

Se o que você vende são serviços, é importante estar atendo ao fato deles serem intangíveis, ou seja, não é possível tocar, experimentar, sentir o que se compra, antes da compra. O cliente só conhece de fato o que comprou quando a prestação do serviço ocorre. Por isso as referências são tão importantes. Outros clientes atendidos, a estrutura física da sua empresa (consultório, etc.), a aparência física e tudo o mais que o cliente puder usar como sinal de competência e qualidade; porque na prática é assim que funciona, o comprador profissional é treinado para avaliar cada detalhe do processo de aquisição de modo que possa garantir sempre o melhor resultado para a sua empresa.


Se o que você vende são produtos, essa avaliação ocorre do mesmo modo e a negociação seguirá para o que gerar maior valor ao cliente. Ou seja, diminuir seus custos e aumentar seus ganhos.


Nem todas as empresas possuem compradores profissionais, mas sempre haverá alguém do outro lado avaliando o que você oferece para essa empresa. Então atenção ao que influencia essa decisão de compra:
  • O ambiente. Como está o setor em que essa empresa atua? 
  • As políticas organizacionais. Existem políticas de compra na empresa para o tipo de produto que você vende? Como normalmente esses serviços são comprados? Você consegue atender a todos esses requisitos? Quais deles a empresa está disposta a negociar?
  • O Relacionamento Interpessoal. Já existe uma relação estabelecida com essa empresa ou é o primeiro contato? Os compradores organizacionais costumam ser mais fiéis aos seus fornecedores que os consumidores finais. A relação é de maior reciprocidade e aqui a indicação é um fator de grande influência.
  • O Indivíduo. Quem é o comprador? Qual a sua idade, experiência, formação, etc. As características pessoais do comprador também poderão interferir na escolha. Observe com quem você está lidando (Não é para supervalorizar a pessoa, só observar e conhecer mesmo).
Em resumo, em todo início de jogo a preparação é o fundamental. Não precisa responder tudo de primeira. Em grande parte dos casos, há mais de uma reunião para que se defina a proposta de trabalho. Eu sempre faço uma reunião de bate papo com o cliente antes de desenvolver qualquer proposta. Esse processo leva um pouco mais de tempo no início, mas poupa muito retrabalho depois, e acaba economizado o seu tempo e o do cliente, mesmo que não fechem o negócio. Por isso, gaste um pouco do seu tempo para conhecer o cliente.


Vida de Executiva

Aqui é o momento de negociar. Nessa etapa, você já esteve numa primeira reunião, buscou informações e desenvolveu a proposta de trabalho. Aliás essa danada é uma das grandes dúvidas de quem não tem experiência no atendimento organizacional. Pense sempre em três aspectos: O que o cliente precisa; o que você tem para oferecer e como oferecer isso do modo que ESSE cliente precisa. Responda isso e cobre um preço justo pelo seu trabalho. No fim das contas todos precisam ganhar.


A negociação é um desafio para quem coloca o cliente como o salvador do jogo. O cliente é apenas a outra parte. Uma parte fundamental, sem dúvidas, mas que precisa do seu trabalho, assim como você precisa da demanda que ele tem para oferecer. Lembre-se que essa é uma relação adulta e portanto, todos têm condições de avaliar o que é melhor e tomar uma decisão. Sempre que há um desequilíbrio nessa relação entre dar e receber, todos perdem. É como uma torcida que acompanha todos os jogos, investe no time, mas nunca vê um gol.

E sim, provavelmente terá concorrência. 

Seja claro na sua proposta de trabalho, tenha certeza de que é capaz de entregar aquilo que prometeu e valorize o seu trabalho. 

Pode ser que esse bate bola demore um pouco. Nas empresas, é comum que os projetos atrasem, que mais de uma pessoa seja envolvida no processo de decisão, que a necessidade mude durante o processo de negociação, por isso, fique tranquilo e deixe a bola rolar. À medida que o jogo acontece, os ajustem conduzirão para o melhor desfecho.

Vida de Executiva

É aqui que a coisa aperta. No momento final antes do gol, a ansiedade abraça a causa. E sempre aparece uma criatura para pedir um desconto a mais e testar suas habilidades de drible. Respire, avalie as opções e seja rápido, tanto para o sim quanto para o não. O que precisava ser pensado e discutido já foi, agora é hora de agir. Mas faça isso com a cabeça fria e não com a vontade de fechar negócio a todo o custo. Controle a ansiedade e se posicione. Tenha a coragem de se posicionar. Essa é a grande diferença.


Muitos profissionais se prepararam, fazem boas propostas, mas no momento de se posicionarem para o gol ficam ansiosos e acabam por perder o negócio ou ceder demais. Cabe ao fornecedor conduzir o jogo, pois é ele quem sabe como oferecer o serviço que o cliente pediu. Essa postura de quem sabe de fato o que faz, gera a credibilidade necessária para estabelecer a relação. Portanto confie em você e chuta essa bola!

É bom demais fechar negócio e fazer o que a gente gosta. No ambiente corporativo não pega bem, mas a vontade é de sair gritando, rodando a camisa e comemorando com a torcida! Yhuuuu! 

Que venham novos contratos para todos nós e que essa sensação continue a ocorrer em toda a nossa carreira! Fazer gol é o máximo!

É a vida!

Vida de executiva, esse é o foco. A idéia é simples: quero compartilhar vivências do cotidiano de uma jovem executiva e encontrar novos caminhos para viver cada vez mais realizada e feliz. Aqui, vamos conversar sobre o que acontece na vida de mulheres executivas de empresas, do lar, das famílias... Diferentes realidades, mas com certeza muitos aprendizados em comum.

Vou começar com uma situação no mínimo engraçada que vivenciei essa semana. Entre uma reunião e outra, passei no supermercado para cumprir com uma das metas do dia: abastecer a geladeira. O processo corria bem até que, durante a escolha das frutas, percebi que meu carrinho de compras havia desaparecido. Sim, isso é possível.

Observei ao redor e, de repente, vi que um homem andava (correndo) com o carrinho para outro corredor. Meu carrinho foi roubado!

Imediatamente parti em busca de recuperá-lo. Primeiro observei o senhor: um homem bem vestido, aparentemente saudável e sem necessidades especiais. O chamei e disse: "senhor, acho que pegou meu carrinho por engano". Detalhe importante: Já havia alguns itens colocados no carrinho. E ele: "ah... é mesmo, achei que estava abandonado, pode levar". Eu agradeci e peguei minhas compras de volta.

Essa situação me fez pensar em alguns pontos: primeiro, é importante cuidar daquilo que conquistamos, valorizar o trabalho que tivemos, mesmo que seja o de pegar um carrinho de supermercado na entrada da loja. Segundo, perguntar é fundamental. Se o homem me perguntasse sobre a disponibilidade do recurso (carrinho), teria uma resposta e quem sabe eu até estivesse disposta a ceder, visto que ele poderia estar precisando mais que eu.

Fim do dia, geladeira abastecida e lição aprendida: perguntar sempre, vigiar também.