É muito comum pensar que a mudança
ocorre depois que se toma decisões em relação a algum aspecto. Quando na
verdade o processo é inverso. Sempre que mudanças são necessárias elas começam
primeiro dentro de nós. Um incomodo, uma inspiração, intuições. Então começamos
a pensar sobre o assunto, e aí aparece a necessidade de fazer algo a respeito.
A mudança já começou e a partir dela, vem as opções para que se tome uma
decisão.
No mundo organizacional ocorre
do mesmo modo. Problemas começam a aparecer, funcionários vão embora, as
pessoas começam a falar sobre determinados temas nas reuniões, grandes clientes
começam a chegar, novos talentos aparecem, o contexto de mercado muda; enfim,
em função das mudanças que ocorrem na empresa, torna-se necessário um novo
processo de tomada de decisão.
E assim se chega a uma consultoria.
Quando um empresário procura esse perfil de trabalho, frequentemente, já está
pensando sobre determinados assuntos do seu negócio há bastante tempo. Já sabe
que algo que precisa ser visto e/ou resolvido, e mesmo que não saiba o que
atacar, já existe uma predisposição interna para a mudança.
O mesmo ocorre com as
hierarquias subsequentes. E quanto à resistência das equipes em processos de
consultoria? Sim, ela é comum em todos os processos de mudança. A resistência
não é contra a consultoria e sim contra o que é novo e, portanto, aparentemente
inseguro. Nesses momentos, em que a empresa amadurece e, portanto consolida a
mudança por meio das decisões que toma, é natural que haja alterações nas
equipes, nos perfis de clientes atendidos e no modo como os gestores se
comportam com seus colaboradores. E isso assusta. Amadurecer é sem dúvidas uma
das maiores aventuras que podemos experimentar.
A consultoria tem um papel de
condutora nesse caminho, no sentido de esclarecer quais são essas mudanças que
já começaram a acontecer e quais as que estão por vir, em conjunto com o
cliente. Assim, se direciona quais são as decisões que devem ser tomadas em um
projeto, por exemplo. Literalmente maestria. Conduzir com segurança e orientar
pessoas que possuem conhecimento do que fazem, partituras consolidadas para
suas atuações, e que ainda assim, precisam de uma orientação clara para que
todos possam tocar em harmonia.
Compreender esse processo nos
auxilia a tomar decisões com menos medo. Quando chega o momento das escolhas,
já estamos preparados para elas. Nos lembremos disso. A mudança já aconteceu
pelo menos dentro de nós, ou das empresas nas quais nós trabalhamos. A decisão
materializa o que já está pronto em outro nível e viabiliza a realização, o
sucesso e o crescimento.
Tome decisões, elas são a
realização do seu negócio. E se precisar de orientação, chame um bom maestro
(consultor).
;)
* texto que publiquei no blog da Maestro Gestão de Ideias