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Como andam seus relacionamentos?

Uma boa maneira de saber se temos qualidade de vida é observar nossos relacionamentos. Você é uma pessoa querida? É respeitada? Admirada? Temida? Consegue compartilhar?

Semana passada vivi uma situação que me fez pensar sobre esse assunto. Um grupo de alunos me pediu ajuda para lidar com as constantes discussões entre eles em função dos trabalhos na faculdade, o da minha disciplina inclusive. Dois dos integrantes têm muitas dificuldades para conviver com o grupo. Um deles é extremamente agressivo e o outro pouco envolvido.

O que mais me chamou a atenção nessa história foi o fato de todos os componentes serem bons na aplicação do conteúdo, ou seja, não tinham dificuldades reais para fazer os trabalhos, mas todos eles estavam sofrendo com o relacionamento estabelecido no grupo. Outros pontos interessantes: por que esse grupo atraiu dois integrantes com grandes dificuldades de se relacionar? E será que apenas os dois eram difíceis?

Fiquei pensando sobre o assunto e percebi que nas empresas o mesmo acontece. Muitas das atividades que não são entregues ou projetos que ficam na gaveta possuem algum ingrediente de relacionamento mal resolvido na equipe. Na vida pessoal a gente lava a roupa suja, demonstra, presta atenção. Mas no trabalho, as vezes a gente disfarça, finge que nada aconteceu em nome do "profissionalismo".

Já ouvi diversas vezes "seja profissional, seus problemas não devem interferir no trabalho". Ok, mas como? Alguém já explicou como fazer isso na prática? "Respire três vezes e deixe de sentir o que está sentindo, pois, você é um profissional". Não faz sentido, o coração e os hormônios não são itens que podem ser desativados momentaneamente. E olha que eu já tentei, mas não funcionou ainda.

Para mim, o único jeito é resolver mesmo. Encarar o problema e findá-lo. E se não for possível resolver rapidamente, aprender a lidar com o sentimento, e não negar que ele exista.

O que meus alunos precisavam era de alguém que os ensinasse a resolver os problemas afetivos nas relações de trabalho, ou que pelo menos apontasse um caminho. Ui!

Bem, o que fiz foi conversar com eles sobre a questão. Na verdade não importa quem errou mais ou menos e sim como estabeleceram o relacionamento. O que não foi dito? O que foi dito em excesso? Quem ouviu mais do que devia, por que permitiu? Por que essas pessoas escolheram estar juntas nesse trabalho?

As primeiras respostas foram: "Uai (mineiros né?) Professora, a gente não escolheu, tínhamos que montar o grupo de qualquer jeito". "Fulano é chato". E por aí vai. Eu perguntei: Já repararam que sempre o responsável é outra pessoa? A (querida) professora, o colega... E vocês? Qual parte de responsabilidade têm nisso?

Esse papo durou quase uma hora e juntos chegamos à seguinte conclusão: sim, existem questões sobre as quais não temos controle e precisaremos nos adaptar, por exemplo, os colegas de trabalho não terão a mesma educação que você. Mas boa parte do que nos cerca é resultado de nossas escolhas, inclusive como reagimos ao que não podemos controlar.

Então é isso, uma das formas de melhorar nossas relações no trabalho (e na vida) é assumir a responsabilidade que nos cabe por estar nelas e por fazer delas o que são, afinal, a qualidade dos nossos relacionamentos, diz muito sobre a qualidade da vida que escolhemos ter.

A agenda

Criar o hábito de usar uma agenda é um processo complexo para muitas pessoas. Quando comecei pensava que o tempo gasto para anotar na agenda seria melhor usado fazendo qualquer outra coisa. Ledo engano.

A agenda é uma das melhores amigas de uma (um) jovem executiva (o). Pode ser difícil fortalecer a amizade a princípio, mas vale à pena!

Vida de Executiva


Vão aí algumas dicas de como utilizar bem sua agenda:

Compre uma agenda. Sim, para quem nunca usou, aproveitar uma agenda velha ou qualquer coisa parecida é desestimulante. Uma agenda novinha é um estimulo a mais. Se você não puder comprar, use um caderno, mas seja disciplinada (o) para sempre colocar a data certa em cada folha. Agendas online também servem, mas também exigem disciplina.

Anote seus compromissos fixos, como aulas por exemplo. Mesmo que você saiba de cor essas atividades, é importante que visualize o espaço disponível na agenda.

Aprenda o seu tempo. Cada pessoa tem um tempo único. O que eu gasto dez minutos para realizar, outra pessoa pode fazer em três. É importante aprender quanto tempo levamos para realizar cada coisa, pois, muitos de nós marcamos mais atividades num dia do realmente conseguimos entregar. Fazer isso gera mais pressão , mais estresse, mais frustração e menor eficiência. Então, aprenda como você funciona e use seu tempo a seu favor.

Use vistos. A cada compromisso ou atividade cumprida, dê um vistinho na agenda. Por menor que seja, cada conquista deve ser comemorada, sinta o prazer de cumprir aquilo que programou. :)

Se você trabalha como gestor ou tem muitos compromissos pode usar um cad
erno de apoio para a agenda. Comigo tem funcionado bem. Utilizo a agenda para marcar reuniões, aulas e demais compromissos. O caderno uso para listar as atividades do dia a dia como redigir um relatório, enviar um e-mail importante, anotar informações durante as reuniões, etc. Uso também marcadores de páginas que me ajudam a priorizar cada passo.

É isso aí, vivemos num mundo imediatista e que ainda nos exige cada vez mais eficiência, então, vamos nos organizar para trabalhar com mais alegria e realização. Desejo que você e sua agenda, sejam grandes amigas (os)!

Executiva & Professora

Vida de Executiva

É comum que executivos sejam também professores universitários, ministrando disciplinas que tenham ligação com sua carreira mercadológica. Esse também é meu caso, comecei cedo e me apaixonei rápido pela docência, mas sempre senti falta de uma formação específica para atuar como tal e há algum tempo resolvi buscar mais conhecimento; aprender a ser professora.

Essa semana participei do Seminário Uno e Diverso (UFU) que abriu espaço para a discussão e apresentação de trabalhos na área da educação, em especial sobre a formação de professores.

É perceptível que na área de negócios, grande parte dos professores entra em sala de aula com o foco voltado para o ensino, ou seja, para transmitir aos alunos informações e experiências consolidadas para eles, por meio de seus estudos e, principalmente, suas atividades profissionais, esperando que os alunos as retenham.

E como resultado, temos alunos entendendo que devem ser como seus professores e assim, assumindo uma postura passiva diante de sua própria educação. Se tornam repetidores que só reagem diante de uma ordem ou pergunta do professor.

O novo paradigma que vários estudiosos da educação, como Masetto, propõem é o de substituir a ênfase no ensino pela ênfase na aprendizagem. Nesse contexto, ao aluno cabe o papel de sujeito central que exerce as ações necessárias para que aconteça sua aprendizagem: buscar informações, produzir um conhecimento, adquirir habilidades, mudar atitudes e adquirir valores.

“... a sala de aula é espaço e tempo durante o qual os sujeitos de um processo de aprendizagem – professor e alunos se encontram para, juntos, realizarem uma série de interações como estudar, ler, discutir e debater, ouvir o professor, consultar e trabalhar na biblioteca, redigir trabalhos, participar de conferências de especialistas, entrevistá-los, fazer perguntas, solucionar dúvidas, orientar trabalhos de investigação e pesquisa, desenvolver diferentes formas de expressão e comunicação, realizar oficinas e trabalho de campo”. Masetto (2003).

Quis compartilhar essas reflexões aqui no blog, pois, no dia a dia percebo como a atividade docente é um desafio e que, em diversos momentos, precisamos oferecer mais do que temos. Ainda há um distanciamento entre teoria e prática, entre alunos e professores, entre professores e professores. Distância que, acredito, pode ser diminuída com mais diálogo e disposição para compreender a relação existente entre ser executivo 
e ser professor. Ganhamos nós, ganham os alunos, ganha a sociedade. Fica o convite.

Perda de controle


Tenho notado o esforço que os gestores fazem para manter um negócio sob controle. Planilhas, fluxogramas, BSC, novas estratégias e por aí vai. Tudo bem, essa é a função de um gestor, mas em alguns casos, beira a obsessão.

Já cansei de ouvir "queremos funcionar como um relógio suíço". Ótimo, mas relógios não tem pessoas dentro dele garantindo o funcionamento. E pessoas não podem ser controladas 100% do tempo. Por mais profissionais que sejamos, temos dias ruins, dor de barriga, coração partido...

Nos últimos semestres percebo que alunos que mal entraram na faculdade já são controladores, focados na perfeição, ávidos por acertar sempre. Já vi alunos chorarem muito por errar uma questão em avaliações. O objetivo deixou de ser a realização para ser o acerto.

Ok, organização e controle são importantes, mas qual é o limite? Onde está a possibilidade do erro? Onde foi parar a liberdade de aprender com calma? As vezes tenho a sensação de que estamos o tempo todo atrasados, lutando diariamente para ter tudo sob controle. E o pior, se não podemos errar, significa que quando alguma coisa dá errado a culpa é de outra pessoa.

Resultado: Estamos nos tornando pessoas obcecadas pela perfeição e especialistas em encontrar culpados pelos erros que não conseguimos aceitar em nós.

Nos esquecemos do mais importante: a vida não tem controle! Nem manual de uso. As coisas mudam, evoluem, acabam e nem sempre poderemos lidar com tudo perfeitamente. Nós vamos errar.

Respirar e começar de novo faz parte e precisamos cada vez mais dessa permissão. Então lá vai:

Você pode errar;
Você pode sentir raiva;
Você pode aprender com seus erros (e rir deles de vez em quando);
Você pode relaxar e ser que você é!

Nada na vida é melhor que se conhecer e saber que tudo em você é perfeito, porque não é acabado e sim uma constante oportunidade de descoberta.