É comum que executivos sejam também professores universitários, ministrando disciplinas que tenham ligação com sua carreira mercadológica. Esse também é meu caso, comecei cedo e me apaixonei rápido pela docência, mas sempre senti falta de uma formação específica para atuar como tal e há algum tempo resolvi buscar mais conhecimento; aprender a ser professora.
Essa semana participei do Seminário Uno e Diverso (UFU) que abriu espaço para a discussão e apresentação de trabalhos na área da educação, em especial sobre a formação de professores.
É perceptível que na área de negócios, grande parte dos professores entra em sala de aula com o foco voltado para o ensino, ou seja, para transmitir aos alunos informações e experiências consolidadas para eles, por meio de seus estudos e, principalmente, suas atividades profissionais, esperando que os alunos as retenham.
E como resultado, temos alunos entendendo que devem ser como seus professores e assim, assumindo uma postura passiva diante de sua própria educação. Se tornam repetidores que só reagem diante de uma ordem ou pergunta do professor.
O novo paradigma que vários estudiosos da educação, como Masetto, propõem é o de substituir a ênfase no ensino pela ênfase na aprendizagem. Nesse contexto, ao aluno cabe o papel de sujeito central que exerce as ações necessárias para que aconteça sua aprendizagem: buscar informações, produzir um conhecimento, adquirir habilidades, mudar atitudes e adquirir valores.
“... a sala de aula é espaço e tempo durante o qual os sujeitos de um processo de aprendizagem – professor e alunos – se encontram para, juntos, realizarem uma série de interações como estudar, ler, discutir e debater, ouvir o professor, consultar e trabalhar na biblioteca, redigir trabalhos, participar de conferências de especialistas, entrevistá-los, fazer perguntas, solucionar dúvidas, orientar trabalhos de investigação e pesquisa, desenvolver diferentes formas de expressão e comunicação, realizar oficinas e trabalho de campo”. Masetto (2003).
Quis compartilhar essas reflexões aqui no blog, pois, no dia a dia percebo como a atividade docente é um desafio e que, em diversos momentos, precisamos oferecer mais do que temos. Ainda há um distanciamento entre teoria e prática, entre alunos e professores, entre professores e professores. Distância que, acredito, pode ser diminuída com mais diálogo e disposição para compreender a relação existente entre ser executivo
e ser professor. Ganhamos nós, ganham os alunos, ganha a sociedade. Fica o convite.
e ser professor. Ganhamos nós, ganham os alunos, ganha a sociedade. Fica o convite.
Um comentário:
Tati, excelente seu texto. Também fiz o Mestrado em busca de aprender a ser professora, mas a cada dia percebo que precisarei estudar para sempre, a fim de poder ensinar de uma maneira ética e verdadeira, quebrando meus próprios velhos conceitos.
Parabéns pelo blog. Gostei bastante. Sucesso!
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